terça-feira, 8 de julho de 2008

Sem Chave de Casa

Se falarmos nos Sem Abrigos rapidamente ocorre-nos a ideia de Pobreza, certo? Irei então tentar abordar ambos numa só perspectiva.
O objectivo não é dar numa de "solidária para com os outros..." apesar de se assim fosse, não estaria errada, mas no entanto, escrevo com um objectivo um pouco diferente : alertar!!!
Se procurarmos uma breve definição de pobreza ( não esquecendo o facto de que um sem - abrigo também se encaixa no mesmo conceito ) iremos encontrar qualquer coisa como carência material, tipicamente envolvendo as necessidades da vida cotidiana como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde. Pobreza neste sentido pode ser entendida como a carência de bens e serviços essenciais, aquilo a que nós chamaremos talvez de necessidades básicas...aquelas que são essenciais para vivermos!!!
Falta de recursos económicos; nomeadamente a carência de rendimento ou riqueza (não necessariamente apenas em termos monetários).
Resumindo... é a falta de acessos a tudo!! Logo, não temos casa, não temos trabalho, não temos comida, não temos acesso aos serviços disponíveis nas comunidades para TODOS.
Não será então difícil de imaginar o percurso...resultado?
Uma forte carência energética/pessoal para mudar o que não pode ser mudado, falta de auto-estima, baixa espiritualidade, pouca ou quase nenhuma esperança...Solidão.
Enquanto seres humanos, precisamos de contacto social, para o nosso desenvolvimento, para o nosso bem-estar, para não falar das " necessidades básicas " que todos sentimos diariamente. Ou provavelmente, não sentimos, pois rapidamente temos o acesso para as satisfazer. E os que estão lá fora? Aqueles que por muitas vezes ( e por favor não olhemos às razões que os levaram a estar ) nas ruas, com roupas sujas, de mão estendida ou não, com olhar de tristeza, olhar de desespero, olhar de ...Solidão. Até que ponto não podemos mudar o suposto impossível ?
Diariamente, são distribuídos agasalhos, roupas, mas muitas vezes é difícil oferecer a todos não esquecendo o facto de que uma simples sandes, pode ser apenas a única sandes para o dia inteiro! não esquecendo de que a manta, pode ser a única manta para o resto do ano e do outro e talvez do outro. Bem... vivendo na rua, não sei até que ponto é que irá ficar limpa...e sendo assim, deve-se pôr na máquina de lavar! Ah...esqueci-me que eles não têm o acesso aos meios que "eu" tenho para me satisfazer.
Até que ponto podemos actuar? Até que ponto devemos continuar indiferentes a esta realidade insustentável?
Portugal, apresenta altos índices de pobreza, e desta forma, uma vez que vivemos num mundo tão pequeno, porque não ajudar?
Como disse, não quero dar numa de solidária, mas sim chamar a atenção a muitos que por vezes nem se lembram destas questões!
É preciso continuar? Ou para bom entendedor, meia palavra basta ?

Palavras-Chave: Ajudar, Colaborar, Oferecer, Dar a mão, Partilhar

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