domingo, 5 de outubro de 2008

Perfeita Imperfeição

Num almoço em que estava presente, ouvi uma frase, que consfesso que me custou imenso ouvir mas que era 100% verdadeira : Portugal é bom ! Os portugueses é que são maus!
Bem ... olhando ao meu redor, sinto que de facto vivo num país maravilhoso! Extroardinário! Lindo! Forte! Com história, com cultura, com potencialidades! No entanto, vivo rodeada por um povo triste, desmotivado, cansado, egoísta e ... mau. Não esquecendo o facto de que sou Portuguesa.
Mesmo assim, ainda acredito nas coisas boas deste pequeno grande país. Se acredito que as coisas vão melhorar ? Não sei. Não sou ninguém para o saber , ou deveria ser ?
Foi Kant quem disse que "... o homem só consegue ser homem através da educação " .
Estamos, deste modo, perante uma arte em permanente aperfeiçoamento, ao longo de gerações. É o presente e o futuro que estão em causa. ( mas ... a educação é uma arte não é ? )
Não se trata de uma adaptação ao mundo actual, mas... de procurar antecipar - ainda que nunca possamos saber exactamente o que nos reserva o destino, que é pleno de incertezas e de contigências.
Ensinemos, pois, aqueles que querem ser ensinados, sobre o que é o mundo, despertemos as suas consciências, em lugar de lhes darmos uma chave sobre... a arte de viver. É perfeito viver! É bom ! É motivo de felicidade. " Difícil não é viver mas sim saber viver ... " . O ser humano está longe de ser perfeito... mas no entanto adapta-se aquilo que é totalmente imperfeito.
Conhecer, compreender, aprender o respeito mútuo e a responsabilidade, cultivar o método, a experiência, o rigor ciêntifico, o espírito crítico e a capacidade de trabalho - eis as tarefas de uma boa escola e de uma educação para todos e em toda a vida. Mas, continuo a achar que a melhor escola que alguma vez existiu e sempre há de existir.. é a chamada escola da vida !!!
Assim, se desenvolve uma educação activa, pela qual se pratica a disciplina da liberdade.
Não iludamos as questões: o nível de competências dos jovens portugueses é insuficiente. E eu sou uma jovem portuguesa e não duvido das minhas competências.
Alcançar uma boa e adequada formação de base constitui, assim, questão de sobrevivência numa sociedade contemporânea. A igualdade de oportunidades é contraditória com o igualitarismo. Há, pois, uma forte aposta a fazer: na compreensão das diferenças, no apontar das boas referências e na exigência, claro, democrática.
Chegar perto da perfeição exige - se a educação com rigor e humanidade?
Não basta, porém erigir a prioridade educativa. É preciso mobilizar esta " sociedade desmotivada " democrática e definir os objectivos, para sair da mediocridade e poder ter a capacidade de ir mais além e de sermos melhores, combatendo a exclusão e favorecendo a liberdade, o progresso, a justiça e a coesão social. Enfim, deixarmos de viver assim de um modo imperfeito...
Metaforicamente, a babárie contra que temos de combater é no fundo... a ignorância, a facilidade, a intolerância, a indiferença e a injustiça.
Unamos, pois, esforços neste combate de cidadania quase ... perfeita!


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