quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Culpa ... Para Sempre!

Um dos maiores hábitos que temos ao longo da nossa vida, é estar sempre a tentar agradar aos outros. A tal questão que permanece em todos os nossos actos: o que será que "eles" vão pensar se eu fizer isto ? E o que é que "eles" vão dizer se eu disser isto ?
Todas as nossas acções, mudam de rumo, e vão sempre em função dos outros. Vivemos vidas cheias de aparências, fazendo coisas contra os nossos princípios ... tudo ... para agradar aqueles que nos rodeiam.
Está errado! Aquilo que fazemos, deverá ser sempre em função de nós mesmos e da nossa vida. Dos nossos objectivos. Mas por momentos... vamos supôr que alguém vive para agradar outro alguém, porque assim o quis.
Actos são cometidos, desejos são realizados, sonhos são apoiados... sempre com a esperança que a outra pessoa esteja bem! Abdico de algo para poder ver o outro feliz mesmo que isso me custe. Passo tempos e tempos a agradar o outro, sempre com receio de o magoar. Mas ... errar é humano, e como faz parte, eu falho, peco, erro!!!
Sinto-me culpada. Sinto-me triste. Sinto-me perdida. Sinto-me sozinha. E agora ? Peço desculpa ? Ok. Peço desculpa pelo acto que cometi e sou perdodada! E depois ?
Pergunto-me a mim mesma: as coisas vão voltar a ser as mesmas? Vou fazer aquilo que fazia e irei ser reconhecida por isso ou vou ser julgada por tudo aquilo que eu fizer?
As pessoas erram. E a verdade é extreamente difícil perdoar. Mas quem perdoa... ama! E o perdão supostamente, deveria trazer consigo o esquecimento. Uma espécie de "novo começo" !
Revolta-me aqueles que vivem pelos outros, e quando erram, não são reconheidos por tudo o que fizeram anteriormente mas sim, pelo erro que cometeram! Será que agora, têm que recuperar tudo aquilo que destruíram por estupidez? Por incompetência? Até que ponto eu tenho que construír tudo aquilo que andei, empenhadamente e estruturar para a minha vida ?
Os erros são uma aprendizagem. É isso, no fundo, que nos faz crescer ... e deveria ser reconhecido como um fortalecimento. E não como uma pedra que temos que carregar por tempos e tempos.
Eu errei. Mas ... as pessoas esquecem-se daquilo que fiz todo este tempo? A partir de agora, vou ser vista como aquela que falhou e não como aquela que fez tudo para que as coisas dessem certo.
O que é que eu tenho que provar ? Que não foi por mal ? Que esta não é a minha maneira de ser ?
Eu continuo a ser a mesma pessoa. Tenho força para continuar, mas não vou provar nada a ninguém! Assumo o meu erro, sofro por isso. Desgasto-me energicamente a chorar com a culpa que carrego mas ... até quando ?! Até que se lembrem da pessoa que sempre fui ?
Será que aqueles que erram constantemente sentem o mesmo que escrevo ?
Viver em função do outro, não é bom! Vivo em função de mim mesma e custe o que custar irei fazer tudo mediante aquilo em que acredito, esperando sempre que tudo isso não vá magoar alguém!!!
Se não der certo ... peço desculpa....
Agora , viver com este peso para sempre, nunca!

Continuo a ser Eu!

Aquele que nunca errou, que mande a primeira pedra...



2 comentários:

WonderFeel disse...

Olá Mafalda!
Grande Blog! Já estive a circular pelos teus variadíssimos posts. Temos pensadora, no pleno exercício da sua actividade de pensar!
Vou acompanhar, e deixar uma farpinhas aqui e ali, sem culpa ;-)
Bjks e ^^

Babilonia disse...

Olha, nao concordo com essa frase que postas-te aí do Einstein. Aliás, acho que nem ele concorda, parece-me que ele fez bluff para brincar um bocadinho com o pessoal.(é tudo mt relativo =P). A craitividade nao tem nd a ver com as fontes, elas existem, estao la, no maximo a criatividade tem a ver com a capacidade de associaçao que uma pessoa(o criador) tem quando confrontado com as diversas fontes. Na pior das hipoteses se o Einstein estivesse a dizer a verdade, coisa que nao acredito, bom... imaginaria ele a esconder os livros que andava a ler e a esconder contactos sociais, fazendo isso mascarado ou entao com a vontade desses seus "mestres", coisa que so poderia ser feita nas noites de lua cheia. =P