sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Os Mitos do Amor

Faz algum tempo que li um texto que abordava as diferentes perspectivas do Amor, enquanto sentimento. Fiquei extremamente curiosa como foi possível na visão do autor, dividir o Amor em várias categorias. Mesmo sendo possível, pelo que comprovei através do texto, pois fez - me todo o sentido, não deixei de achar curioso.
Ocupei-me por algum tempo em pesquisar definições deste sentimento por nós tão conhecido e pude concluir, na minha perspectiva que o Amor é um termo utilizado para nomear um grupo de sentimentos, acções e padrões de pensamento que, embora relacionados, são bastante diversificados.
Os sentimentos envolvidos incluem o "desejo de tocar", segurar e estar perto do outro, vontade de ser gentil e carinhoso com o outro, sentimento de confiança e apreço que podem ser classificados respectivamente como precisar, cuidar e confiar.
É um sentimento sem qualquer sombra de dúvida realista, enriquecedor e permite que homens e mulheres cresçam como pessoas e consigam assim, criar fortes vínculos.
Os seres humanos, enquanto seres sociais, necessitam de contacto social. Contacto com várias pessoas. Esses contactos, levam ao desenvolvimento cognitivo e físico da própria pessoa. Desses contactos e dos relacionamentos que surgem dos mesmos, o ser humano acaba por relacionar-se através de diferentes estilos de amor, como produto das experiências do contacto com os seus provedores de carinho na infância.
A experiência amorosa está determinada em função dos níveis de intimidade, compromisso, paixão que sentem.
No entanto, pelo texto que li, como referi acima, pude concluir que cada tipo de amor apresenta os pontos positivos e negativos de cada sentimento ( amor vinculado, aventureiro, romântico, compassivo, comprometido, consumado ) em cada um dos tipos de amor.
E eu continuava a perguntar-me a mim mesma: " Mas que tipos de Amor ? O Amor não é um único sentimento...? Assim... como uma espécie de sentimento... Universal ? "
Sobre o amor, há na literatura várias teorias e modelos, tais como: Estilos de Amor, Amor e Expansão do Eu, Amor como vinculação, Love Stories, Triangulating Love...entre outros.
Percebi, após alguma pesquisa feita, que sou uma ignorante na matéria. Sempre achei que o Amor era o sentimento mais linear e que ... ou se ama, ou não. Certamente de determinadas maneiras, bem como a intensidade e a força com que se ama. Aliás, não existe uma frase que é o Amor e o Ódio são irmãos? Penso que isto mostra os extremos de cada um e para simplificarmos ainda mais... Ou se Ama Ou se Odeia.
Penso que estas teorias todas acabam por ser utilizadas para entender as diferenças individuais na forma de amar e de se apaixonar, pois há várias maneiras de amar.
Há três estilos primários de amor: Eros (apaixonado - a paixão romântica), Ludos (jogo do amor - a sedução como um fim em si mesma), Estorge (amizade - o amor-amizade); os secundários: Pragma (prático - o cálculo dos ganhos e das perdas), Mania (possessivo - obsessão) e Ágape (abnegado - a entrega generosa). As combinações entre as diferentes intensidades destes resultam em um imenso número de variedades de estilos de amor.
Quando consegui assimiliar toda esta informação perguntei a mim mesma: " MAS QUE MITOS? " Desde pequena, que ouço falar sobre o Amor. Foi um sentimento explicado e ensinado nas minhas aulas. Obviamente que há coisas que não se explicam mas apenas que se sentem...mas até que ponto podemos dividir o amor? Sim... todos sentimos de forma diferente, com visões diferentes. O conceito de amor pode variar de pessoa para pessoa, mas porquê dividi-lo? Porque não continuar a acreditar que é um sentimento que existe ( ou deveria existir ) em todo o lado do Mundo e que no fundo ... Ou amamos, Ou odiamos.
Acredito que o Amor é um sentimento íntinseco a nós. Nasce connosco. Não acredito na maldade e no ódio como valor absoluto. No amor, acredito...
Apaixonamo-nos, porque assim acontece. Não escolhemos por quem nos vamos apaixonar. Se odiamos alguém, foi porque assim o quisemos.
Não há categorias de tempo para este sentimento.

Fernando Pessoa dizia : "O valor das coisas não está no tempo em que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."


Ama! Ama à tua maneira ... mas AMA!

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