domingo, 9 de novembro de 2008

Meios de Comunicação

"Estou a ficar sem bateria no telemóvel, e agora não consigo falar com ninguém!!!"
Se experimentasse dizer esta frase perto de alguém de gerações diferentes, o mais provável era ouvir: "Ora Ora. No meu tempo não havia nada disso, e toda a gente se falava sem dificuldades".
Sim. É correcto. Mas tenho que dizer que na minha opinião os telemóveis foram algo que inventaram que mudaram os nossos dias... para melhor.
Os nossos dias, giram em torno dos meios de comunicção. Ouvimos o que a rádio diz, vemos o que a televisão mostra ( e quer mostrar ), lemos os jornais, folheamos as revistas... e assim, nos tornamos seres baseados naquilo que ouvimos, vemos, lemos ... apenas!
Vivemos numa era marcada pela interconexão, na qual as pessoas de todo o mundo participam numa única ordem de informação, o que decorre, em grande parte, do âmbito internacional das comunicações modernas. Devido à globalização e ao poder da Internet, é possível receber a mesma música popular, notícias, filmes e programas de televisão da Nova Zelândia à Terra das Vacas em Portugal. Os canais noticiosos que operam ao longo das 24horas relatam histórias assim que estas ocorrem e difundem a cobertura de eventos para o resto do mundo. Filmes feitos em Hollywood ou Hong-Kong atingem audiêcias em todo o mundo, enquanto celebridades como as Spice Girls ou Tiger Woods são famosos em qualquer continente.
Ao longo das últimas décadas, temos sido testemunho de um processo de convergências na produção, distribuição e consumo de informação. Formas de comunicar, como a impressão, a televisão e o cinema, esferas relativamente independentes no passado, têm vindo a entrelaçar-se extroardinariamente. As divisões entre formas de comunicação tornaram-se mais ténues: a televisão, a rádio, os jornais, os telefones estão a passar por transformações profundas devido a avanços na tecnologia e à rápida disseminação da Internet. Embora os jornais e similiares permaneçam centrais nas nossas vidas, assiste-se a uma transformação nas suas formas de organização e de fornecimento de serviços. Os jornais podem ser lidos online, o uso do telefone móvel cresce exponencialmente e a televisão digital e os serviços de difusão por satélite permitem uma diversidade de escolha sem precedentes. No entanto, penso que é a Internet que está no centro da revolução das comunicações. Com a expansão das tecnologias como o reconhecimento de voz, as transmissões em banda larga, as ligações por cabo, a Internet ameaça eliminar as diferenças entre os media tradicionais, tornando-se assim o canal por excelência de oferta de informação, entertenimento, publicidade e comércio para os vários públicos dos media.
A questão que coloco é: até que ponto com todo este processo de tamanho gigantesco, não nos tornamos vazios, sozinhos e longe de tudo e todos? Sim, podemos estar "perto" dos acontecimentos uma vez que temos acesso a todo o tipo de informação se quisermos, mas ... será que não nos esquecemos que existe um mundo lá fora?
O comando da televisão dá-nos aquilo que queremos ver, por opção própria. As revistas colocam aquilo que nos interessa, a televisão só mostra aquilo que pretende... mas... e o resto ??
Sem dúvida, que os meios de comunicação social vieram desempenhar um papel fundamental na sociedade moderna, mas atingem audiências de massa que a sua influência nas nossas vidas é profunda!
É certo, como indivíduos, não controlamos as alterações tecnológicas, e o ritmo acelarado dessas mesmas alterações. Mas esse ritmo... não gosto desse ritmo. É esse mesmo avanço que anda a uma velocidade nunca vista que ameaça engolir as nossas vidas.
Quero relembrar que existe um mundo lá fora à nossa espera! É esse mundo que decorre à nossa velocidade! Somos nós que o acompanhamos! E é sem dúvida algo mais "natural".
A chegada da era de um mundo ligado por fios não nos conduziu, ainda, ao Big Brother; pelo contrário, tem promovido a descentralização e o individualismo.
Só espero, que os livros e outros meios de comunicação social não desapareçam. Aliás, mesmo Bill Gates também achou necessário escrever um livro para descrever o novo mundo de alta tecnologia....


A verdade, é que sem Internet, não estaria aqui, neste momento, a falar dela...

Tenho saudades de escrever uma carta à mão.



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